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Mostrando postagens de dezembro, 2022
 Aos pouquinhos Vou me entendendo  Na contramão do mundo  Vou me encaixando às esquinas Me adaptando à situação  Superando meu medo maior De ser eu  E ser voz Pra tudo aquilo que anseio Ontem disse tudo o que havia em meu seio  E saiu de mim uma tonelada de coração  É bom encontrar pessoas divinas Que não te fazem sentir pequenas  Apenas alheias à situação  Mas acho que não sou mais menina Pra achar que a questão  É ser vítima daquilo que escolhi  Me coloco sempre nos mesmos labirintos Esquinas adaptadas aos sentidos  Ciclos viciosos fantasiados de novos caminhos Mas percebo tudo e anoto no caderninho  Do peito  Tentando me dar ao respeito Tentando não ser desse jeito E me amar apesar dos despeitos 
 Acho que me perdi no seu afeto Criei outro dialeto Até que tentei comer quieto  Mas to aqui deitada De peito ereto  Tentando entender Onde é que vai chegar Essa história d'eu com você Para e pensa um pouco  Acho que essa conta não fecha Você, casado, dois empregos Cupido foi certeiro na flecha Gato, cachorro e horta Vida tranquila, nada mais importa Eu, toda solta Trabalho, faculdade Traumas e dificuldades Labirintos imersivos Às vezes não facultativos Que horas o encontro vai ser um  Compromisso?  Tá ficando omisso O que sinto O que vejo  Sei que tem tudo isso De beijo ou não beijo Ninguém disse que ia ser fácil  Amar sem prender Mas quando é que você vai se soltar Será que vai se envolver?  Questões que não sei se quero Ser coadjuvante nem protagonista Quero coisa leve que me leve avante  Até o horizonte, a perder de vista

conversa com o destino

O destino tem falado comigo  cara a cara todos os dias à noite. Tem olhar frio mas não tem rosto. Tem uma capa longa que cobre toda a verdade que eu poderia saber.  Me diz no pé do ouvido que preciso confiar e continuar. Sem desanimar nem um pouco. Mas que mereço descansar.  Eu digo a ele que meus erros me afligem. Não sei se são passíveis de perdão.  Ele me diz que minha estrada depende disso. Que só conseguiria atravessar uma ponte se tivesse tropeçado num galho antes. Eu digo que o galho foi bem grande, desses que era impossível não ver. Não me conformo que não vi.  Ele diz que se eu continuar olhando pra trás a procura do galho, vou tropeçar novamente, vou cair da ponte. 
Não conto a data do meu aniversário  A ninguém  Para não correr o risco de esquecerem  Sussurro minhas prioridades Para elas serem só minhas  E não se espalhar por outros seres Me olho no espelho nua  Como quem fosse ao julgamento  Entendo o conceito  É a caminhada. Eu lamento  E tudo volta pro eixo Nada nunca estará no lugar  Isso consola? Me isola  Mas me faz ter mais coragem  Pra ser quem sou  Independente da qualidade É por onde vou  Tentando ser melhor Parando no caminho pra escutar O que não sei de cor Fazendo desenho na estrada Pedindo água e limonada  Pra mim mesma Priorizando estar de pé  Ao ter companhia na mesa