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Mostrando postagens de dezembro, 2021
Entendendo o tempo das coisas Traçando rotas possíveis  Para me levar além  Às vezes me sinto só  E isso tem me feito bem  Fazer amizade com os demônios  Trapacear os cochichos sombrios  Dos meus sonhos  Tentar não ver o que acontece  Diante dos meus escombros Lembro do foco Sigo adiante  Tento ser fria  Mas sou radiante
Rabiscos na pele que beijo  Como pode Haver tanto desejo  Naquilo que nunca foi dito?  Olhares que se atravessam  Por anos Sem uma única palavra Sem um único som  Eu costumo ter esse dom  De desejar o mistério  Mas não leve à sério Tudo aquilo que escrevo  Soluço formas de me expressar  Perco nos olhares a fala  Não sei onde olhar  Viro o pescoço  Ao oposto de onde você está  Mas um cafuné me desmonta E eu derreto no seu xamegar  Acontece, né?  Essas coisas de repente Que nem são tão de repente  Mas quando bate na gente  Tem força, ritmo e rima Você é pandeiro Eu, repente Como que pode  Isso que acontece  Quando na pele se sente Tudo aquilo que imaginou  Tenho a leve impressão  De que será melhor  Do que tudo aquilo  Que já se sonhou Seguimos então  Para o desconhecido  Servindo de abrigo  Pro coração aberto  Que você já fisgou 

ânsia

Olhos imersos  Naquilo que ainda não houve Corações cobertos  De hipóteses abstratas Não ouvem  O real barulho do agora Pedindo por favor Sai mundo a fora Sem medo  Descobre o sabor  Com os próprios dedos Sustenta o que não sabe A partir daquilo que tem  Tenta ser mais forte Pra conseguir ir além  Não que não exista hipótese  De felicidade  Mas enquanto não se sabe a verdade Melhor trabalhar pra comer mais tarde  Entenda que sua energia emana E que independente do seu controle O que é teu vai vir com força Profana 
Acordei do seu lado  Bêbada de sono  Completamente perdida Entre seus beijos e corpo  Tão bonito Firme  Era como se eu já conhecesse tudo  E estivesse disposta A te reconhecer  Quando meus olhos encontraram os teus Verdes, vividos e sinceros Senti absolutamente tudo parar Tempo, sistema cardíaco e respiratório  Eu ia me perdendo entre boca Língua e pele E me encontrando no sorriso  Naquilo que se segue  Quando o toque vem  No corpo rabiscado  Me rabisco e arrisco  Sem saber o resultado  Difícil dizer  O que fazer com tamanho  Desejo, dengo Talvez seja místico  Talvez seja acaso  Talvez seja isso  Tudo junto e misturado 
Quando olhei nossas sombras no chão  Pude me reconhecer  Seu toque no meu cabelo  Me fez derreter  Não que este poema tenha Compromisso com o amor  Acho que cansei, na verdade  De leva-lo a sério  Depois de tanta dor  Sempre achei que o amor  Era coisa que se ardia Sem se ver  Mas de tanto me queimar  Percebi que não tinha entendido  O significado desse ser Duvidoso  Livre  Sem freios  Antiético  Histórico  Antropológico  Acho que bicho humano  Não ama Vai observando outros bichos  Tristes, frustrados, com medo Sentindo coisas por alheios  E chama de a m o r Mas aquilo foi completamente Indolor Foi calor Que deu cama pra farra Sono  E sonho com real  Tipo bem a gente memo Compilando um pouco de realidade E 70% ficcional