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Mostrando postagens de janeiro, 2013

As vantagens da solidão

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A devassa perdida

                 Ela sorria, com tristeza nos olhos. Ela estava no meio de todos, mas estava sozinha. O que ela tinha feito na noite passada? Nem ela sabia.                  Só se lembrava das preliminares. Ela se preparando, vestindo-se, com a roupa mais cara do guarda-roupa. Passava seu batom vermelho e vestia seu coturno. Chegou na festa e todos a olharam, ela sentou, pediu um drink , ria alto e falava com os homens. Como não se encantar? Os homens deliravam, algumas mulheres a odiavam, outras deliravam junto com os homens, e outras eram apenas indiferentes.                Ela dançava, como se o mundo fosse acabar. Dançava no ritmo do apocalipse. O mundo realmente iria acabar naquela noite, para alguém. Depois daquela música, pediu um drink, dissolveu um doce, e bebeu. A memória acabou. Overdose, overdose de carpe diem e de vida sem limite.                 Acordou à beira de um riacho, havia sangue  e um corpo ao seu lado. Ela estava assustada, não se lembrava de nada. Achou

Carpe Diem

               Nada abalava a alegria daquele sujeito, ele via na simples questão de estar vivo, um bom motivo para comemora. Ele ia para a praia, para a gandaia, com seus amigos, e enquanto a sua namorada passava o protetor solar, ele ia para o mar, sentir a natureza lhe abraçar.               Quem o visse dois anos antes, diria que ele não ia sair daquele escuro quarto. Houve um acidente, um incêndio acidental no posto de gasolina, e ele estava lá. Talvez fosse azar. Ele preferia pensar em " maktub ", particípio passado do verbo Kitab .  É a expressão característica do fatalismo muçulmano. Maktub significa: "estava escrito"; ou melhor, "tinha que acontecer". Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia,  não é um brado de revolta contra o destino,  mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida.                 Maktub o fez perder perder o irmão. Por quê? Estava escrito que aquele carro iria bater

Utopia e barbárie

"Eu luto Pelas pessoas que estão de luto Para acabar com o excesso de tributo Para mudar tá precisando de um surto Deixando de ficar mudo, eu mudo Deixando de ficar parado eu paro Deixando de ser pressionada, eu pressiono Eu impressiono a avenida Eu vou mudar a nossa vida Não se conforme com o que é uniforme Não se iluda, achando que basta a ajuda Pra mim já chega de tanta hipocrisia Apenas lutando se constrói a harmonia." - Júlia Zocchi

Eu sinto falta da minha história de Sid e Nancy

"Eu sinto tanta saudade de nós  Isso me corrói de um jeito tão atroz É tanta maldade quando me deixam a sós Com as nossas lembranças, Esperanças e promessas de ter crianças. Falando de política e também de militâncias A gente achava que um dia ia dar certo O meu coração para você estava aberto Não conhecia sua imagem, para mim não me importava E depois, isso de nada adiantava Passaram-se meses, e eu sobrevivi Mas tenho vontade de te chamar, e contar de tudo o que vi Mostrar que eu segui em frente sem você Mas nisso, nem eu consigo crer Isso é um desabafo de momento de carência Me deixa até com malemolência Lembrando de um personagem sem rosto Mas ainda sinto falta do seu misterioso gosto Se um dia eu preencher os requisitos Quem sabe eu corro atrás dos esquisitos E desista da paixão adolescente Muitas vezes penso que foi inexistente Coisas de menina Que por qualquer coisas se fascina Conversa vai, conversa vem E a gente se apaixona por nem mais um po

Todos os dias são dias de Maria

" Maria, Maria É um dom, uma certa magia Uma força que nos alerta Uma mulher que merece Viver e amar Como outra qualquer Do planeta ..."         Maria, talvez sua personalidade, não seja tão simples quanto o nome. Talvez tão encantadora quanto a música de Milton, mas um pouco mais insegura. Tem apenas 15 anos, mas sente o peso em seu dorso de uma mulher de 20.         A Maria ria, nas noites em que sonhava com poesia. A Maria era má, nas noites de sonhos revolucionários. Maria era má e ria, nas noites de adolescente de 15 anos. Apesar de não ser católica, e não ter nada relacionado à santíssima trindade, Maria era três: Maria poeta, Maria Guevara, e Maria adolescente. Porém, Maria era apenas Maria, uma eterna magia.       As vezes, suas Marias se chocavam, e ela se via em uma contradição sem fim. Disseram-lhe "Você tem apenas 15 anos! Não precisa defender ideologia nenhuma", mas ninguém sabia do imenso peso em seu dorso.      Talvez quando Maria crescer,

Calendário

"O sol de janeiro A festa de fevereiro As águas de março As mentiras de abril As noivas de maio Os santos de junho As férias de julho O cachorro louco de agosto A independência de setembro As crianças de outubro A desorganizada república de novembro A despedida de dezembro" - Júlia Zocchi

Rascunho

"Eu vivo em um mundo meu E depois deito nos braços de Morfeu Em todo lugar estou feliz E a vida será como eu sempre quis Parto de coração partido De uma eu sem rumo Para uma eu sem sentido Na verdade o sentido está nos olhos de quem vê É necessário viver para crer Eu vejo apenas um futuro Iluminado e ensolarado Estou tranquila Estou sempre ao meu lado." - Júlia Zocchi

Drama

"Conseguiste ser mais triste que Agatha Christie Fazendo drama da situação Talvez assim morra cedo Talvez sim Talvez não O físico não acompanha o mental Quinze anos corporal Parte cinco mental Parte noventa Se orienta! Aguenta o simples Se não aguentar nem isso Morrerá no primeiro compromisso" - Júlia Zocchi

Mar

"O mar traz com ele Ondas de mim Minha maré está alta Trago comigo Água salgada Trago e levo o sol Mas ele volta amanhã Talvez eu traga o amor Talvez eu o leve Eu sou a porta para o mundo, meu bem Sou história de pescador Sou de poseidon Vou da Argentina até Belém Sou enigma e mistério Sou antigo Sou valioso Sou caso sério" - Júlia Zocchi

Samba de amor

"Farei samba de amor, para mim Por ter abandonado a dor, assim A comida mudou de sabor A vida passou a ter mais cor A auto-aceitação é algo incrível Toca o nosso lado sensível O vento nos cabelos Me deu a notícia esperada Eu já estou preparada Para seguir a estrada Só eu e meu sambinha Os outros observam Enquanto ela caminha Sorrio sorriso bom E eu lamento Quem se incomoda com o meu som" Júlia Zocchi

Auto descrição

"Sou filha do sol com a lua  Afilhada do farol com a rua  Me distraio com sussurros Eu queria mesmo é pular os muros Incompreendida faço arte em marte Enquanto aproveito cada parte" - Júlia Zocchi