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Mostrando postagens de julho 18, 2015

A frustração de descobrir que você não é especial. Ninguém é.

Eu queria conseguir ser uma pessoa fantástica. Corporalmente, mentalmente, amorosamente. Eu queria ser um ser humano complexo, com fraquezas e medos. Queria ser uma pessoa com sonhos interessantes, com pensamentos longos e complicados. Mas eu me resumo a esse texto. Me resumo a vontades vazias. Me resumo a nada. Nas últimas três semanas meu combustível têm sido cigarros, bebidas e maconha. "Júlia, você foi à nova exposição do CCBB?". Não. "Você viu algum filme conceitual, interessante?". Não, nada além dos filmes de terror comerciais. Todos eles, por sinal. "Você leu algo interessante?". Quase nada. Na verdade todas vez que eu tento começar a ler algo, alguma coisa me impede. "Então o que és, Júlia?". Eu sou esse vazio clichê de classe média, achado em qualquer esquina do mundo. Beleza comum, dentro do padrão. Não converso nada de novo. O novo fica velho muito rápido, e eu ainda estou fumando esse cigarro.