diário de quarentena - dia 48
Há uma âncora em meu corpo Que impede ação Há uma dor aqui dentro Que aperta o coração Sem perspectivas me encontro Meus sonhos se esvaem a cada dia A saudade dela aumenta E minha mente se alimenta Das lembranças daquele mês de alegria Por que tanta demora Em encontrar paz Neste mundo Que sempre esteve em guerra Por que meu âmago chora Quando a lembrança me traz O perfume e o toque dela? Será que sobrevivemos? De corpo e de alma Mente e coração? Estou com tanto medo Tédio E tesão Me sinto congelada Em tanta solidão