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Mostrando postagens de 2012

Que Brasil é esse?

"Faz toque de recolher Mas não recolhe a criança Para educar e evitar O criador desta matança Destrói a esperança Com guerra de paz Filhos do país são obrigados A se tornarem sagaz Ou é luta, ou é morte E nada mais Costura a ditadura Com a vida padronizada O diferente está errado E eu por enquanto estou calada" - Júlia Zocchi

Por baixo dos panos

"Ele porta Mesmo morta A horta Feita de hortaliças Carregada de malícias Agora bate em minha porta a melícia Não fujo Não corro  Não me sujo com polícia Porque o castelo está armado Pelo delegado Isso tudo é obra do Estado Que está bebendo um destilado Deste lado do julgado O lado parece de esquerda Mas é direita Fazendo a ceita  Se indireita Se orienta" - Júlia Zocchi

Ácido

"Estuprou, matou, nem ligou Mas que tragédia! Depois liga pro Criança Esperança  Pra fazer média! Discute de política  Baseado em pilantragem Revista semanal Veja Não relata política, mas sim politicagem! Faz de tudo para um futuro melhor  Para os seus filhos Mas os filhos de ninguém Caminham sozinhos pelos trilhos Trabalha engravatado  Não aproveita a vida Tanto dinheiro, não é tão importante Quanto um copo de bebida" - Júlia Zocchi

Av. Paulista

"Encanto em cada canto  Faço o diabo virar santo  Passo os dias com medo do pranto A cada lágrima uma história A cada lágrima uma memória Costura versos Obscuros e perversos Com linhas delicadas Na noite calada Em aurora Me deito outrora Em crepúsculo Escrevo escrúpulos Faço as linhas dançarem Observo as pessoas caminharem Pergunto-me o que há de errado Nesse mundo em estado De evolução da matéria E regresso de alma com miséria Porto o meu corpo Eu vou para o porto Navegar-me-ei em sonhos Diferentes e inusitados Lutarei contra o Estado Estranho feito de estanho Me oferece uma rosa e eu me acanho O Rio de Janeiro continua lindo, Gil Cristo Redentor Se rende à dor E assim, a paz partiu Me sinto em estado líquido A maré me leva Minha felicidade se eleva Faço das tristezas, sobremesas Faço da falsidade, calamidade Passo pela cidade, calada Observando tudo e o nada" - Júlia Zocchi

Rabisco

"A beleza da vida é a sua falta de nexo Talvez seja isso que a torna fascinante Minha paixão por ela é invejável Porém, invejo de quem  vive Roubaram-me a liberdade, Quando deram-me a burguesia De que adianta ter tudo Quando se tem medo de perder? A liberdade é a ausência de tudo Por isso, os infelizes dizem "liberte-me" A liberdade é a ausência da vida Concluimos assim Que não é possível viver livre Porém, só se é feliz quem é livre E só se quer morrer quando se é infeliz Decreto então, que a felicidade é utopia Vivemos em busca dela Felicidade, o eterno mito da humanidade Busco-a a cada respiração Voltamos ao ponto inicial, então" - Júlia Zocchi

Filosofia

"Boatos dizem  Que você é meu dono  Eu devo estar mesmo  Com muito sono  Eu não bebi  Mas estou embreagada  Perdida, parada  Sou tudo, sou nada  Sem senso de direção  Certo, errado  Que pessoas me dirão?  Quem quer me ajudar  Quem quer me manipular?  Há apenas uma face?  Filosofia faz parte  Filosofia faz arte  Nacionalista não, patriota  Não me julgue precipitadamente  Já está cheia a minha cota  Isso não é uma ameaça  Não sou perigosa  Mas posso ser habilidosa" - Júlia Zocchi

Prosa Feliz

"E é assim  Retrocede o que se impede  O esquema é sempre o mesmo  Prosa boa  Sigo em frente, sorrindo atoa  Sem esmo  Sou feita de luz solar  Respiro felicidade em vez de ar  Lunática nada prática  Faço, encanto e tiro uma sátira  Eu caso com o acaso  Caso ele queira  Mas o destino será  Da minha maneira  Incendeio a casa  De cultura é feito a brasa  Cultura é sorriso no rosto, é sol  Felicidade é me enrolar no lençol  Passo o pano  Nos falsos planos  É tão insano  A ilusão  O amor parte  E o coração na mão  Senta e goza  Aprecia a prosa" - Júlia Zocchi

O vento

"Sou criadora invento o vento E dele me deleito Deito ao meu leito Espero o aumento Das flores na primavera Para dar certo É necessário a espera Não brigue comigo Não fique uma fera Fique calma Domine minha alma Deite-se comigo em meu leito Espere o vento Te juro O próximo eu invento" - Júlia Zocchi

Vida Amarela

"A vida sensata é calada  Fechada e censurada  A vida é uma fachada  O profundo da vida é a morte  O sentido é o universo  Imerso e perverso  A alma é a sinceridade  Verdade, calamidade  Procuro Deus, paz e plenitude  Para chegar lá é necessário atitude  Falo e escrevo tudo  Antes que eu mode Raul me previu Antes mesmo de eu nascer Tudo o que eu posso fazer É obedecer Não sou rebelde Muito menos sem causa Tento conhecer tudo e todos Sem ao menos uma pausa O céu não é o limite Para quem quer arte, rua e grafite Não respiro oxigênio Oxigênio tem em todo lugar Respiro música, arte de qualidade e verdade O que está difícil de achar Ser honesto agora é motivo de notícia E o certo, nem sempre é o que faz a polícia Mudarei-me para marte E serei um caso aparte Não tenha um enfarte Quando me ver gravando O meu nome e o mundo mudando Reggae a vida com amor Agradeça-a com louvor Não uso doutrina Na minha rotina Essa é minha sina Guardo tudo o