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Mostrando postagens de setembro, 2013

Medrosa

"Caminho com a sorte Procurando a morte Me perco em rimas banais E ao mesmo tempo racionais Me entrego ao mundo grande Dele eu tenho muito medo Não importa para onde eu ande Eu sou fruto desse segredo A bolha me impede de ver O que tem na outra margem Marginais me abordam E eu vejo o mundo selvagem Eu tenho medo do mundo Eu tenho medo da vida Eu sou um mistério profundo Eu sou a dor da ferida Eu não quero me entregar À escuridão profunda Eu preciso enfrentar Enquanto o medo me inunda O que faço aqui a ninguém interessa Nasço e morro sozinha Na vida o que não tenho é pressa Mas corro e perco a linha Eu sou menina Eu tenho medo do escuro Eu tenho medo do homem Eu tenho medo da noite Eu tenho medo do caminho de casa Eu sou medrosa" - Júlia Zocchi

Eu

Eu sou uma estátua viva Eu sou uma carta não lida Eu sou uma cama desarrumada Eu sou livre e descabeçada Eu sou a preguicinha da aurora Eu sou uma torta de amora Eu sou um par de pés descalços Eu sou um par de brincos falsos Eu sou cor quente Talvez eu seja doente Eu sou traço forte Eu tenho medo da morte Caminho na terra Me perguntando quem erra Atravesso a ponte Não se desaponte Apareço na janela Eu sou seu leite com canela Eu me escondo em escombros Por favor, não dê de ombros Sou insegura e ansiosa Sensível e amorosa Não desista de mim Por ser tão imperfeita assim