Pagu indignada no palanque

Eu não vou morrer de amor Hoje não Eu já tive amores que doeram na alma Amores que me tiraram o sono Que me levaram ao chão Hoje não Hoje eu vou sair Ir ao banco Ao mercado Conversar com minha mãe Hoje o dia vai terminar bem Eu vivi coisas lindas contigo Mas acho que já deu Talvez agora eu tenha que viver coisas lindas Comigo Eu e apenas eu Eu já fiz sexo o suficiente Talvez queira um pouco de sossego Eu já remexi muito a.minha mente Talvez precise ficar longe do teu aconchego Talvez eu esteja bem E nem saiba Eu quero estudar Correr atrás do meu sonho Quero ver o mar Sentir a brisa Vencer os desafios que me imponho Te amar foi incrível Você é incrível Lindo, inteligente, carismático Mas talvez você tenha razão Talvez eu brilhe mais sozinha

A necessidade de escrever sobre alguma coisa me frustra quando percebo que nada penso. Atrevo-me, pois, a escrever sobre a necessidade. Sobre o bicho que grita em meu peito e não tem nome, identidade ou rosto. Após ignora-lo tantas vezes achando que não sou digna de escrever algo bom o suficiente para ser materializado e eternizado em palavras, provoco este bicho inquieto, mostrando sua existência e sua relevância em meu ser. Eu escrevo para ser, apesar de não ser o suficiente para escrever.