Postagens

Mostrando postagens de janeiro 20, 2013

A devassa perdida

                 Ela sorria, com tristeza nos olhos. Ela estava no meio de todos, mas estava sozinha. O que ela tinha feito na noite passada? Nem ela sabia.                  Só se lembrava das preliminares. Ela se preparando, vestindo-se, com a roupa mais cara do guarda-roupa. Passava seu batom vermelho e vestia seu coturno. Chegou na festa e todos a olharam, ela sentou, pediu um drink , ria alto e falava com os homens. Como não se encantar? Os homens deliravam, algumas mulheres a odiavam, outras deliravam junto com os homens, e outras eram apenas indiferentes.                Ela dançava, como se o mundo fosse acabar. Dançava no ritmo do apocalipse. O mundo realmente iria acabar naquela noite, para alguém. Depois daquela música, pediu um drink, dissolveu um doce, e bebeu. A memória acabou. Overdose, overdose de carpe diem e de vida sem limite.                 Acordou à beira de um riacho, havia sangue  e um corpo ao seu lado. Ela estava assustada, não se lembrava de nada. Achou

Carpe Diem

               Nada abalava a alegria daquele sujeito, ele via na simples questão de estar vivo, um bom motivo para comemora. Ele ia para a praia, para a gandaia, com seus amigos, e enquanto a sua namorada passava o protetor solar, ele ia para o mar, sentir a natureza lhe abraçar.               Quem o visse dois anos antes, diria que ele não ia sair daquele escuro quarto. Houve um acidente, um incêndio acidental no posto de gasolina, e ele estava lá. Talvez fosse azar. Ele preferia pensar em " maktub ", particípio passado do verbo Kitab .  É a expressão característica do fatalismo muçulmano. Maktub significa: "estava escrito"; ou melhor, "tinha que acontecer". Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angustia,  não é um brado de revolta contra o destino,  mas sim, a reafirmação do espírito plenamente resignado diante dos desígnios da vida.                 Maktub o fez perder perder o irmão. Por quê? Estava escrito que aquele carro iria bater