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Mostrando postagens de abril 11, 2020

Amarga

Meus pelos caem do corpo Como uma cobra troca de pele Não sou mais a mesma De novo E então Novamente não sei quem sou Voltei aos poemas A dramaturgia está de mal comigo Eu estou de mal com o teatro Acho que o teatro está de mal com o mundo A arte da presença Está suspensa Num momento em que ausência É sobrevivência A pintura é meu amor Platônico Tenho medo de me envolver e decepcionar a mim mesma aos mundos o dinheiro que é gasto com material todos Mas no fundo apesar de amadoramente é o que me salva Do silêncio profundo da alma Da gritaria insana da mente A arte do encontro está dando um tempo de mim e eu dela pois não há mais encontro pois não quero encontrar ninguém pois sinto que todos me decepcionaram e eu também decepcionei geral É isso Eu voltei a ser A amarga poeta solitária