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Mostrando postagens de dezembro 10, 2014

O rio

Eu sou um rio Desapareço no frio Sou doce e vadio Não sou mais vazio Chegaram as algas Chegou o peixe Por favor não me deixe Sou guardião de almas Por favor não se queixe Meus afluentes São influentes Meus botos São cor-de-rosa Não faz aborto Índia teimosa Vi tanta matança Que minha água avança Brava como a onça Cega e não alcança Deságuo no mar Vi tanta maldade Que não consigo mais amar

A poeta bêbada

Solta no bar Só tenho o ar Respiro Transpiro Anônimos, fascino

Achados de devaneios antigos

Ela aceita A ceita Me fale a receita Escrevo com cortes Escolhas e mortes Esperanças e sortes Eu quero o meu corpo Eu quero ser livre Nem que seja morto Eu quero ficar pra história Não sou a escória Sou apenas memórias Eu busco glórias Eu busco chaves Eu busco portas Estou na nave Nada importa

Achados de um amor antigo

Me empresta seu calor Me faz viver o amor Me deixa ficar aqui Me espera pra dormir Me cobre com sua pele Seu corpo não repele A nossa sintonia Felicidade no dia a dia Me embebede com seus lábios Me faça esquecer os sábios Me desvirtua os conceitos Dorme aqui em meus peitos Me tira o ar Você, meu par