O rio
Eu sou um rio Desapareço no frio Sou doce e vadio Não sou mais vazio Chegaram as algas Chegou o peixe Por favor não me deixe Sou guardião de almas Por favor não se queixe Meus afluentes São influentes Meus botos São cor-de-rosa Não faz aborto Índia teimosa Vi tanta matança Que minha água avança Brava como a onça Cega e não alcança Deságuo no mar Vi tanta maldade Que não consigo mais amar