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Precisa-se falar sobre ela

Eu me lembro exatamente do dia que te conheci Era no posto de gasolina entre a Diana e a Xerentes Eu lembro exatamente do dia em que desconheci Foi quando a bebida entrou entre a gente Eu lembro de quando você tinha franja torta Um bochechão e abraçava todo mundo Tenho medo de um dia te achar morta Por ter entrado em surto profundo Eu lembro de você explanar amor Aos conhecidos e desconhecidos Mas agora foi dominada pela dor Que tem que ser tratada com comprimidos Você era a mais brilhante da noite Conversava com todos, cultivava relações Hoje tenho medo do seu açoite Que te afasta, modifica, você e minhas emoções

O fruto do grito

Toc Batem na minha cabeça E isso ecoa por toda eternidade Estou oca de qualquer sentimento Que me leve a uma plenitude A uma serenidade Enquanto isso Batem em meu coração E como resposta ele se tranca Se afunda em solidão Eu me envolvi com um garoto Há umas semanas atrás Um garoto que sei que não Mas minha vontade de sim me impede De simplesmente deixar acontecer De deixa-lo para trás Eu me envolverei com outro homem No futuro E saberei que mais uma vez Não encontrei o porto seguro Talvez eu precise levar na cabeça Até cair a ficha de que só encontrarei em mim O porto seguro que procuro Nesta busca sem fim

O medo do sentir

Às vezes eu tenho muito medo De ser um ser efêmero De me apegar muito cedo Com pessoa de todo gênero Às vezes sinto que caio em armadilhas Internas, de mim para eu E fico nessa guerrilha De quem será o próximo Que poderei chamar de meu Às vezes tenho medo de estar vivendo Uma realidade paralela que não estou vendo Uma ilusão eterna que estou sendo Condenada a passar porque eu acho Que é o melhor

Me tornei algo que não sei

Sinto que não pertenço A lugar nenhum A ninguém Nem a mim mesma Na solidão eu me venço, Sou quase um Tento ir além Sou lesma Sou o caco de vidro no pé Sou a lágrima do palhaço Sou um ser às 18h na Sé Precisando de um abraço Não tenho fuga Nem tenho boa índole Sou ser que suga Achando que está vencendo a síndrome Do mundo sem amor Do planeta com dor Acho que sou a solução Mas sou apenas a causa da solidão

Se o tempo passar, o que terei feito?

Às vezes na correria do dia Não consigo ver a calmaria Das almas Se meu corpo está em Palmas Minha mente está em Salvador Fico pensando se um dia saberei curar a dor Às vezes no fluxo constante Que vive as pessoas Me torn o ofegante Por fazer parte Por perder coisas boas Perder uma gargalhada Perder mais uma noitada Perder um abraço Tudo p or medo de perder o compaço Fico pensando se valerá a pena Se realmente estou me entregando A cada projeto, a cada cena Se não deveria estar sorrindo direto Amando... Mas acho que o que me torna um ser Produtivo, ativo, instável, artístico É justamente ser este ser maleável Místico.

Lambe

Sexo com sentimento Só se tiver Consentimento

Desabafo de um coração tranquilo III

Conversava contigo Pelo olhar Era o meu abrigo Para amar Me interessei por ti Pelos trejeitos Mas te vi partir Era teu direito Talvez tenha demorado demais Talvez eu teria que ter ido atrás Talvez ainda aconteça Talvez não seja o que pareça Criei tudo na mente Fiquei com medo De ter uma ação inconsequente E botar fogo no feno Que era o mistério do que seria a gente

Desabafo de um coração tranquilo II

Aquela mão no pescoço Não sei o motivo deste sufoco Aquela angústia Que só você salva Só você acalma Não quero seu beijo Quero seu ombro Seu corpo não desejo Com você não me assombro Pega na minha mão Me leva junto contigo Me dá, nos seus braços Um abrigo

Desabafo de um coração tranquilo

O verso Está inverso Meu peito Está imerso Em tanto desejo Não vejo O seu cortejo Não sei onde teu beijo Eu só ignoro e festejo

A Stra Voz Solitária

Eu me assolo Nesse sentimento De indivíduo solo Pego este lamento E me isolo Num mundo de nostalgia E nele me consolo Sofrendo esta ingrisia* Neste solo De solidão Torno sólido Meu pagão coração Nesta tortura De ser individual Me torno madura Me torno sarau De armadura Monumental

Dupla Personalidade

Eu vivo uma guerra interna Que me alastra Me arrasta E me bota numa caverna Eu vivo a vida dupla que expõe A Julia externa confiante, radiante E a Júlia que pra baixo me põe Diante de uma constante

Ampulheta

O tempo... O tempo é uma coisa tão vaga Me esmaga Uma coisa tão abstrata Ao mesmo tempo tão exata É areia que escorre dos dedos É o enfrentamento de nossos medos É o que antecede o ataque Única coisa que mede, Tic tac, tic tac Visível no rosto da senhora Quando m e parou no ponto de ônibus Perguntou sobre minha vida Mas fui embora Sem saber de sua partida Aquela senhora me fez pensar Na solidão, Na ampulheta das mãos Eu só queria parar e aproveitar Sem ficar no automático, Sem viver em vão

Foco e coerência

A necessidade da brisa Talvez seja uma forma precisa De sair desse mundo insano É aquela necessidade de fuga Daquilo que mata, chuta, suga Toda a felicidade do ser humano Eu não vou mais cair Nessa armadilha Eu não quero me distrair Da minha guerrilha Talvez o jovem seja vulnerável Talvez o meu ideal seja instável Mas eu não quero mais financiar Eu não quero mais me dispersar Da revolução Perceber que a maconha Não é sinônimo de diversão Perceber que é uma vergonha Essa contradição De lutar pela revolução E depois ser corrompida Financiando um sistema genocida.

Artemporal

Eu não consigo Viver sem um grito Um gesto Uma palavra Eu me liberto Daquilo que me travava Daquilo que sufocava Eu sou a arte Porque arte faz parte De mi m

Introspecção

Não tem explicação Essa implosão É apenas a sensação De impotência Sem paciência Para fingir Querer interagir Eu só quero aceitar Meu estado atual De quem está mal Será que eu tenho um aval?

Eu queria sentir O gosto da boca Eu queria sentir Que toda palavra é pouca Eu queria sentir Aquela vontade louca De tirar a roupa Eu queria não ter que ir embora Chegar atrasada e dizer sorrindo "Desculpe a demora Eu estava com alguém Que me deixa meio fora De mim" Eu queria sorrir Por conta de um sorriso Eu queria dormir Depois de um "Te amar é preciso" Eu queria companhia Pra essa melodia A solidão é gostosa Eu só queria que a vida Virasse maravilhosa

Indagações

E se A gente começasse a falar Em formato de Poesia. Será que a vida Iria começar A ser menos vazia?

Amadurecimento

Ninguém tinha me preparado Para o caminho do auto conhecimento Na verdade, acredito que não há fardo Que explique esse meu lamento. Trilhar sozinha o caminho do eu É algo incrível, doloroso, progressivo Pois quando me entrego a Morfeu Sinto as dores de um mundo agressivo Sozinha Não posso perder a linha Não posso cair daqui Eu quero a paz interior Eu quero andar por aí Observando corpos Observando rostos Eu quero conversar comigo Me entender melhor E depois dessa prossigo Me expandindo, sendo maior

111

PM deixa 111 mortos no Carandiru PM solta 111 disparos Cinco meninos são MORTOS Essa realidade EU NÃO SUPORTO

Conclusões sem rima, pensamentos de menina

Antes achava que seguiria este caminho Porque estava apaixonada por você Mas percebi que Me apaixonei Porque você vai Pelo mesmo caminho que eu

SP maps

A cidade não para A cidade só cresce A Teodoro sobe E a C ardeal desce!

O conceito da maturidade

Houve um tempo de amargura Em que queria crescer Ser vista como madura Queria ser mulher Vivia nessa fissura Até que percebi Que todo dia cresço um pouco Que a maturidade plena em si É conceito meio louco Parei com essa sina Quando vi, que ironia Que ser menina É ter sabedoria De viver cada dia Apreendendo Ensinando o que já sei E aprendendo com o que me vem

Todo dia

É rotineiro Sair de casa Acender a brasa Curtir um cheiro Sentir o mundo Amor profundo De janeiro a janeiro Deitar na cama Sem ter quem ama Ler um mineiro Chorar sozinha Encolhida Acolhida Pelo travesseiro É só mais um dia Que tiveste o mundo Que tiveste tudo E perdeu nesta noite Que mais parece um tabuleiro

Aquele vazio que nunca vai embora

Tem um vazio aqui Que doi bastante Procurei alguém pra preencher Mas percebi que só depende do meu ser Pra seguir adiante.

Sobre o amor

Eu amo E isso já é poesia Amar é difícil Leva tempo Dedicação Amar é aquilo Que não cabe no coração É preocupação Amar é não esperar reciprocidade E quando ela não existe, aceitar Sem perder a dignidade Amar o outro é, antes de tudo Um ato de coragem Revolucionário É necessário amor próprio Para conseguir erguer um amor Ao próximo É a consciência da Lei de Newton De que toda ação tem uma reação Ela pode vir em forma de beijo Abraço Sorriso Ou amasso Ela pode vir num "obrigado" Emocionado Ou em um rosto Com um olhar en ch arcado Amar dói Não vou dizer que não Dói ao ver partir, Ao deixar partir, Dói pelo fato Do ato Amar, Ser um golpe altruísta Nessa mente tão egoísta Que é o ser humano Se doer por violência Se doer por indecência Se doer por falta de paciência Não é amor, Porque quem provoca dor, Não merece ser amado.

Angústia

Eu escrevo poemas Porque chorar é difícil Pra não jogar do edifício A minha dor Punição Uma forma de munição Tentar se esquivar da situação Tentar melhorar de posição Ódio interno Fazer do peito O inferno Ferir no leito Algo eterno Que não vai levar a lugar nenhum

Eu quero que você melhore

Por que choras tanto Menino do cabelo grande Do nariz cumprido Que não se expande Não se abre Só eu tenho a chave de ti Responsabilidade enorme Possibilidade que consome Não quero acreditar no que li

Loucura interna

A loucura É só você mesmo Expandido a sua máxima Proporção Excesso de emoção Aquele aperto no peito De quem não fez direito De quem só quer respeito De quem não quer nada mal feito Aquele bolo na garganta Que não se sabe de que adianta E te impede, não te levanta Que te tira a coragem de sair da manta A falta de coragem De assumir sua viadagem De de repente fazer viagem E nunca mais voltar à sabotagem Eu só queria Sucesso Eu só quero Progresso Eu só queria Parar de ser invisível.

Perfeccionismo

Isso ainda vai me matar Me fere todos os dias Tira um pedaço de mim Quando é que eu vou me livrar Dessa angústia de cobrança Que não me aceita por ser assim Per fei ção Estampado na minha feição Tampando a minha visão Impedindo alguma ação Me aceitar Não ligar Não pirar Não chorar Por não ser o impossível Acreditar Que posso ser incrível A opinião alheia Só semeia A discórdia interna Autoconfiança Impede a cobrança Felicidade eterna.

Emboscada

Como não Temer Um golpe Como não Temer A mídia Eu só peço, Dilma vez Me solte Eu só grito, não tem vez Vítima de uma insídia

Três anos

Faz três anos Foi tão bom Tão mágico Obrigada Por ter me Proporcionado Momentos tão bons Nunca me esquecerei Quero sempre o teu melhor Quero sempre o melhor pra você Te amo, meu primeiro amor ♥

Recado à malandragem

Eu sou a tensão Sou atenção Eu sou a dor Sou ardor Sou pavor Por favor Me livra dessa angústia Me fala o que quer logo Para com essa astúcia Não vê que nela me afogo?  Eu só queria saber da verdade Eu só queria morar na sua cidade Eu só quero respirar sem vontade E viver sem saudade

Crescimento

Eu me olho no espelho Não sei se vejo o reflexo Não sei se é tão complexo A visão ta distorcida Eu não acho uma saída Não consigo ser vivida Só me vejo vencida Pela negatividade Que não me deixa na cidade Que não me traz felicidade Que não me faz simplicidade Eu quero ser, feliz sozinha Eu quero parar de brincar de casinha Eu quero andar na minha própria linha Eu quero seguir o coração Eu quero soltar fagulha E ser uma imensidão Onde parece apenas Júlia

Guerra interna (palavras de sentimentos sem muito sentido lógico)

Dentro de mim há uma guerra Da Júlia que sonha Da Júlia que ama Da Júlia que erra Mas não me ponha No patamar de profana E já se encerra Aquela maconha Eu erro o tempo todo Eu me puno por ser humana Onde esta minha piedade Pra uma menina que apenas ama? Eu respiro o tempo todo Mas inspiro o fracasso Eu deveria ser menos exigente Eu preciso de mais espaço A guerra me paraliza As bombas são jogadas Eu tento fazer a baliza Mas não paro de dar freadas Eu queria fluir Sair Viver Ir ver O sol nascer Eu queria Beijar Sentir O ar De rir Com você Você não tem rosto Você não tem nome Só quero um encosto Pra cabeça que dorme

Transbordo

Houve um dramaturgo alemão Que até hoje, o sentido constrói "Infeliz a nação Que precisa de herói" Acho que aqui dentro A frase é um lamento De uma criança Que acha que avança Mas só se cansa Infeliz é a menina Que precisa de um amor Desilusão é chacina É guerra ao terror Perdeu o medo de arriscar Depois que analisou Que não podia ter medo de amar Tristeza, certo pensou É natural do trajeto Pelo menos amou

Charada da solidão

A solidão não é conceito É sentimento dentro do peito É o vazio, falta de respeito Consigo mesmo Consigo com esmo O fracasso Fumando no terraço Eu penso sobre tudo Aquele seu amaço Não deixou meu coração mudo Inquieto É um dialeto Que não compreendo E assim vou sendo Incógnita É um labirinto Sem fim É o que eu sinto Em mim Não tem encaixe Há distância Entre dois corpos Grudados Os dois com a mente No mesmo Estado.

aNOTAções

Alguns diziam que ela só sabia Ter DÓ de SI mesma Ela resolveu parar Dar RÉ E procurar onde pediu a opinião alheia Não encontrou Só encontrou areia Que o mar trouxe ao longo do ano Era a sereia mais linda do oceano Era um MI to Um plano Tinha dito Algo profano Era uma FÁ bula Era SOL ar Era um LA ço Era o amar

Carnal

Talvez seja o Carna Val Talvez seja Meu carma Naval Uma batalha De eixos Uma disputa De beijos Foi à primeira vista Virou o primeiro da lista Ganhou no jogo da conquista Mas acho que vou embora Já deu minha hora Tchau Foi mal.

Não tem arrego, eu luto com desapego ao luto

Eu me doo Aos doídos Eu absorvo A dor dos Que não foram absolvidos Eu questiono a ausência Da utopia Eu sou resistência Da democracia Eu sou vida Do próximo Sou partida Do ócio Sonho com o mundo Menos imundo Mais profundo Paz, respeito e liberdade Tudo junto

Madrugada e amor

Sou um ser Completo Complexo Que quer apenas se ver Repleto Em seu reflexo Sou feliz assim Saltando e alternando Os amores em mim Não sou de uma pessoa só Porque sou minha e ando só Me doo a quem vale a pena Não é superficial, não faço cena Faço poema Faço meu lema Assim, sou plena Serena Faço meu dilema

Rússia

Uma roleta Dependo da sorte Uma boneca A sobreposição me torna forte Uma geleira Que pode me levar à morte