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Mostrando postagens de março 31, 2020

Diário de quarentena

A fresta de luz que invade minha cama Me faz perceber que ainda há vida lá fora Meu corpo e mente definham Enquanto o mundo se regenera O sol irradiando a janela É a prova de que sempre se nasce de novo E apesar de turbulentas nuvens Que possam atravessar seu caminho Sua luz sempre existirá Por detrás das sombras de água Que se chocam com o vento E levam minhas lágrimas pela cidade Às vezes me pergunto se haverá vento novamente Em meu rosto e cabelos Mas é um egoísmo que não pode consumir O objetivo de cura E nem ser consumido Pela tristeza de se estar em dias De fúria