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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Quando eu tenho que ir

Quando eu tenho que ir Não consigo me despedir Eu vou embora Sumo Caio fora Vou sem rumo Não digo nada Acho que tenho medo de despedida Fico calada Partindo antes da partida

SP

São Paulo é realmente muito grande E isso me encanta E isso me assusta E isso me espanta Isso me busca A cidade da garoa Em que todo mundo voa Em que todo muro soa Um grito de revolução Dá satisfação De ver A cidade viver A cidade enlouquecer É um ser único e só É amor e ódio amarrado em um nó É uma confusão de acontecimentos É uma junção de sentimentos São Paulo É minha casa É minha estrada Pra vida São Paulo É minha cura Uma cidade impura Não lida Como se fosse totalmente Desconhecida Ela abre e fecha Cura a ferida Faz da sua flecha Um ponto de partida Para o ódio A violência Mas também tem amor Sobrevivência Faz obra de arte Da sua sofrência Todo mundo faz parte É referência Tem muitos problemas Muitos dilemas Condução lotada Desenfreada Locais em que a vida é desvalorizada Pessoas tem medo De quem deveria proteger Elas levantam logo cedo E todo dia têm medo de morrer Ainda há desigualdade de gênero Ainda há preconceito racial Descon

Quando eu me toco

Eu gosto desta relação De tratar com naturalidade O ato da masturbação Vendo beleza e tranquilidade Neste ritual de aceitação Descobrir o próprio corpo e mente Aceitar o seu nudismo Ser independente No prazer, sem altruísmo Eu gosto desse momento meu De gozar e não precisar dizer nada Eu gosto de cair nos braços de morfeu Sem ficar preocupada Se fui boa o suficiente Se fui morta ou fui ardente Se fui inesquecível Eu vou no meu nível Eu vou no meu tempo Eu me amo assim Leve como o vento

O último achado da bagunça

Me pondo no lugar Dei um tempo para mim Para me por no meu lugar Sem precisar cumprir compromisso Ou textos ter que decorar Talvez um dia eu volte A tomar o meu banho semanal De cultura, para dizer de modo geral Passar na seleção Não é nada fácil Com apenas livros na mão Cheguei até a travar de pressão Li aquele pedacinho de felicidade Mas eu diria que é mais um mapa Para eu achar a mina chamada "eu" Para eu saber a minha missão de verdade Musa inspiradora Sei que sou apenas uma amadora Me ponha no caminho certo Pois sua discípula está aqui por perto Já estou achando mais professores Que vão me ajudar A esse mundo melhorar Brecht e Pagu Não vão sumir, vão se multiplicar - Por Júlia Zocchi de 03 de junho de 2012 que desabafava nas rimas ainda inexperientes.

Achados da bagunça - Meu segundo poema

Fábrica de mim Sou feita de ideias Sou feita de mente Sou feita de alma Sou feita de fúria Sou feita de amores Sou feita de calma Sou feita de carne Sou feita de osso Sou feita de pele Sou feita de raça Sou feita de cor Sou feita de etnia Sou feita de imagem Sou feita de som Sou feita de magia Sou o sorriso da criança Sou a razão Sou a esperança Sou decidida De que sou confusa Sou metida a humilde Sou indecisa de que tem certeza Sou uma lousa em branco Pedindo para ser escrita Sou uma tela cheia Pedindo para que seja apagada Sou uma escultura simples Coberta por um pano De seda vermelho Estou sempre pedindo um Mas não sou boa pra conselho Cada pinta do meu corpo É uma mancha de pincel De uma tentativa de ser eu mesma Que foi jogada ao léu Sou censurada Sou oprimida Mas é difícil Eu ser apagada Sou tudo Sou nada - Por Júlia Zocchi de 2012, passando uma grande crise existencial

Achados da bagunça - Meu primeiro poema

Sonhadora Ei! Menina! Sim, você Com sua sina Que o temor do mundo não vê Seu lema? É curtir a arte, o cinema A escultura, a pintura, a leitura Sua vida é um poema Sua vida toda na moldura Porque você sabe que tudo muda Ea quem precisa presta ajuda Ei! Anjo da guarda Sim, você Que não vê a vida amarga Quer o mundo nas suas mãos Quer libertar a mente E agora menina? Como se sente? Já descobriu tudo o que queria Ou quando descobriu Só soube que nada sabia? Não espere Não pare de pensar Não demore Não pare de sonhar Seu lema Sua sina Nada é problema Ei, menina!! Continue sonhadora E assim, quem sabe a gente vence esse sistema Sistema forte Sistema errado Que causa morte E todos ficam intimidados Não perca o foco, menina Não perca nada Mas se nada é tudo E tudo é nada Perca tudo, menina Abandone Mas nunca pare de sonhar - De Júlia Zocchi de 2012 (têm certas coisas que não mudam...)

Anagrama do Alckmin

Eu converso Eu conservo Com o meu verso Com o meu servo Eu conserto Eu converto O certo Ao veto