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Mostrando postagens de maio, 2013

Covarde

Sujo o meu jeito Com esse sujeito Confuso e estreito Que para na rua Cabeça tira a roupa e fica nua Vulnerável, e tão na sua Sente-se e fique à vontade Se instale no único sentimento Que é de verdade Minto quando falo Que não sinto Ou que me calo Mente confusa Mente vazia Queria ser musa De pele macia Sou arte em falta Sou a parte que salta Sou o vazio na mente Sou o sentimento consciente Me descrevo em versos tentando explicar A minha fraqueza de não me desculpar Eu sumo para não dizer que parti Eu durmo para não dizer que fracassei Eu sonho pra não dizer que morri Eu grito para não dizer que me calei Tão covarde Que a pele me arde Tão distante Que acabo sendo errante Paro e olho pra mim Alma sai do corpo e me vejo assim Sem cara, sem identidade Procuro-me na cidade Talvez eu me ache Talvez eu fique na saudade Da Júlia antiga, da Júlia de verdade Me falta responsabilidade Me falta coragem Me falta fôlego Me falta malandragem Quem sabe eu