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Nenhuma palavra à mente Todos os sentidos no coração  Me sinto tão sozinha, me sinto doente Mas o que tenho não se cura fugindo da solidão  Mais uma vez sem mais ninguém  Além de mim mesma Como pode eu amar tanto  E ainda me sentir vazia na mesa?  Tento não culpar os outros  Para não deixar de olhar meus defeitos  Mas isso é tão injusto comigo mesma  Que sinto cada vez mais uma dor no peito  Pois não consigo reconhecer  O limite do outro e o meu Fico andando sozinha, chorando nos cantos  Alimentada pelo breu  Tenho o melhor amor do mundo ao meu lado  E ainda assim não sinto que é o suficiente  Para ter força de olhar pro passado  Para ter força para enfrentar o presente  Tenho críticas ao meu trabalho  Mas existe trabalho perfeito?  Talvez se eu tiver mais cascalho  Consiga seguir o que manda meu peito 
Implodindo  Abduzida por pensamentos  Desistindo  De memorizar sentimentos  Flutuar  Entre medos e incertezas  Deslizar  Em gotículas de frieza 
Corpo-travesseiro  Que me faz mergulhar  Seus olhos são veleiros  E eu sempre pronta pra velejar  Amo quando você me diz  Aquilo que nem sabia que era possível Ser amada, ser feliz Me permitindo ser sensível Amo sentir saudade Sabendo que estarei em seus braços  Toda vez que vejo que você é de verdade  Sinto fortalecer nossos laços  Aquele dia em que você me disse  Tudo o que se passava no seu coração. Mas não consigo me lembrar de tudo  Porque estava com muita alucinação  Me sinto um pouco culpada  Por não ter conseguido gravar tudo  Quero lembrar de cada detalhe  Da minha amada Para não duvidar nunca do nosso futuro 
Solidão dentro de um par Às vezes tenho medo  De demais te cobrar  Ainda é cedo  Pra deste sonho acordar Mas por que sinto Que o sentido  Está indo pelo ar?  Me sinto tão egoísta De sentir falta de seu ombro  A vida toda, alpinista  Subindo o monte de escombros  De mim mesma Me sinto tão pequena Como posso te cobrar que seja imensa?  Estou sozinha na cena  E quando as luzes apagarem  Quem vai torcer para que eu vença? 
Sobreposta por caixas Ninguém vê minha expressão  Solitária, triste Escondo minha frustração  Construí uma individualidade  Que se escorreu pelas mãos  Me sinto sozinha na cidade Perdida na contramão 
A felicidade entrou em minhas veias com uma seringa muito pontiaguda. Trouxe consigo algumas pessoas, decisões, desejos e feituras. Me tirou hábitos, pessoas, lugares e instituições. Me atribuiu habilidades, mentalidades nunca antes vistas e uma gana por chegar em um lugar o qual não conheço.  A felicidade me trouxe fé, vontade de viver, mais que isso, curiosidade naquilo que não vivi, possibilidade de escolha e o mais importante: amor.  Amor às minhas decisões, aos meus gostos, àquilo que me deixa relaxada, animada, apaixonada. Me trouxe uma pessoa especial. Me trouxe limites que há tanto tempo pedi. Me trouxe a capacidade de entender que o copo meio cheio também é um copo com água. 
Os pares de pés  Cobertos de edredom  Se esfregando ao som do jazz Bom caminho pra um sonho bom  Sua boca na minha nuca Os braços na minha cintura  Sinto teu gosto dormindo  Acordo com os seus lábios nos meus Viro de um lado pro outro Pego uma parte do seu travesseiro  Que você sempre rouba  E diz que não percebe  Te percebo nas entrelinhas  Dos olhares e suspiros  Sinto você dormindo  Como se entendesse o local certo  Meu corpo descansa com o seu  Coberto apenas com um manto  Não sei porque existe tanto espanto  Em perceber que eu e você  Somos uma dupla e tanto