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Mostrando postagens de novembro, 2022

drink

Escrevi pra ti uma carta  Te dando um fora Só pra você saber como é  Sair na hora Em que sente que o barco  Vai embora É difícil perceber o rumo das sensações Como dessas maneiras de se reter emoções  Mas de forma genuína, apenas seguindo intuições  Que dizem "você já viu esse filme, quer pular pro letreiro final?"  Mas dessa vez quero ir embora  Antes do primeiro sinal  A metafísica há de explicar  Essa relação corpo alma Complicado pensar  Porque quando o corpo fala É difícil achar a calma  Dentro de tanto desejo que cala A voz da razão e da pausa De absorção afetiva Só queimo a sativa Entrego a saliva Como se fosse um drink  Devolve minha vida Que cê pegou nesse beijo  Tipo Ana Sorokin 
Vou dar um fora nesse boy Antes que me encontre em maus lençóis Antes que amanheça às sós  Eu, meu corpo e os pensamentos em caracóis  Aprendi a ler os sinais Talvez agora tenha mais paz Talvez seja diferente do que foram meus pais  Talvez fique mais tranquila por trás  Dos panos Sem fazer planos Sem ledos enganos  Formados por excesso de pensamento  Fomento mundano  De cogitar conto de fada   No cotidiano, coitada  Tanta expectativa criada Pra no final você saber como é a linha de chegada Sofrida, solitária, moída Tá na hora de mudar a jornada 

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Angústias enclausuradas  Erros do passado são como Fantasmas  Que retornam pra nos assombrar Desenho pra tentar desestressar  Escrevo pra tentar entender Não sei se consigo lidar  Com minhas contradições de ser Eu  Apenas eu  Como um trapo molhado No meio do breu  Esperando um pé com meia Para fazer piso, para dizer que já deu  Para fazer inferno no céu  Para ser amarga e mel  Não entendo meu proceder  Se não sei explicar  Como vão entender? Como vão me querer  Como vão perdoar  Como vou me perdoar Por aquilo que deixei passar?

onda

Imersão na rejeição  Fico tranquila na contramão  Inalando a fumaça enquanto  O carro passa a milhão  Tudo borrado no vidro  E no coração  O som no máximo  Acredito ser a última vez De novo perdi o compasso  De novo me perdi no talvez Influência que me traz pra baixo  Não permito  Atualmente meu novo eu  Reaje  Não faço a vítima, demito  De mim mesmo As células que me atrasam  Parece mau gosto mas é só  Carência  Me perco em todo o cenário montado