meu barco navegou e agora segue mar aberto novamente
Quando eu encontrei a marinheira Dos mares confusos Senti o gosto salgado na boca Daquela navegação do passado Mas junto disso Veio o amargo Da mudança de estações E dos ventos do novo Que bateu em meu rosto E sussurrou nos meus ouvidos Aquilo que não conseguia ver Quando me encontrei Na rua no sereno da noite sob olhares masculinos maldosos Me sentindo cansada e sem prumo Percebi que mais uma vez Estava escalando montanhas Para ver aquela que nunca saiu do mar Quando conversamos Sobre nossas trajetórias E juntas trocamos a serenidade Do vazio que a vida nos deu Percebemos que o sentido Sofreu mutação E que aquilo que machucava Provocou corte profundo Hoje faz uma leve cócegas Sobre o rosto coberto de máscara E diz que independente do futuro O presente já deu o melhor presente: Maturidade