Andar sozinha Perceber as pegadas Alheias Se sentir sob trincheiras De mágoas, inseguranças e desejos São tantas as habilidades Possibilidades Vontades Em um único beijo Por que é tão difícil Vivenciar Amar Seguir com cortejo? Ter paciência Com a ciência Da malícia e malemolência Tranquilidade para ser só Acompanhada Tenho medo da partida Logo depois da chegada Meto o pé pelas mãos. As costas pelos peitos As tripas pelo coração sem jeito . Perdida no meu próprio conceito
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Mostrando postagens de outubro, 2022
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Há um vazio dentro de mim Que só se preenche com solidão Há um barulho na minha cabeça Que só acaba no silêncio do espaço Do tempo Da companhia de mim mesma Tenho tentado voltar a me relacionar De forma romântica Acho que não sei lidar Acho que fico ansiosa demais Sem saber o que fazer Como lidar Como sentir Como deixar fluir Dói saber que errei Dói saber que já fui Mas voltei Na ideia de completude Como que pode Ter atração Com plenitude? Não sei responder Sempre que minhas pernas Bambeiam Instaura-se em mim Um corpo de bombeiros Que de um lado pro outro corre Com mangueiras Enquanto o fogo se implode nas trincheiras Complicado Explicar o que se passa num coração tão calado Faço de conta que esse é meu legado Sair de fininho do peito apertado Entrar de mergulho no próximo fardo Quando conseguirei quebrar esse ciclo? Quando poderei sentir sem conflito? Quando conseguirei ser sozinha à dois, sem compromisso? Será que dou conta daquilo que eu mesma crio e atiço?